SPIN: Transferências bancárias mais simples

A Estratégia Nacional para os Pagamentos de Retalho 2025, guião criado pelo Banco de Portugal (BdP) para colocar Portugal na dianteira dos pagamentos a nível mundial deu-nos, recentemente, um dos seus primeiros frutos: o SPIN.

SPIN (algo como “rodopio” ou “volta”, em português) chega ao nosso país com o firme objetivo de facilitar a transferência bancária.

O que é, quem o pode utilizar e como o fazer, são questões a que vamos tentar dar resposta neste artigo.

Como funciona o SPIN?

Se, até agora, era exigido a introdução do IBAN para concluirmos um pagamento por transferência bancária, com o SPIN tudo passa a acontecer através do número de telemóvel, caso se trate de um particular, ou do NIPC, caso se trate de uma empresa.

Assim, quando pretendermos realizar uma transferência bancária com o SPIN, só temos de escolher um destinatário da nossa lista de contactos do telemóvel/NIPC e, em poucos segundos, o dinheiro segue para o número indicado.

Para melhor percebermos todo este processo, vamos imaginar que queremos transferir dinheiro da nossa conta do ABANCA , para realizarmos uma transferência bancária para um familiar.

Se desejarmos concluir esta operação com recurso ao SPIN, só temos de seguir estes três passos:

1º Passo: entramos na App do nosso banco , neste caso do ABANCA e selecionamos a opção “Transferir para um telemóvel”;

2º Passo: selecionamos o número diretamente da lista de contactos ou digitamos o número de telemóvel ou o NIPC do destinatário,

3º Passo: Verificamos e confirmámos o nome do 1º titular da conta de destino e prosseguimos com a operação.

Devemos associar o número de telemóvel ao IBAN para utilizarmos o SPIN?

A resposta é sim. Para fazer uma transferência via SPIN não precisa de ter o SPIN configurado, mas, para poder receber transferências via SPIN é necessário que o faça. Pode configurar o SPIN diretamente na sua App ou Homebanking, associando a sua conta à ordem ao número de telemóvel.

Atenção, é essencial que o número de telemóvel associado seja o mesmo que se encontra registado no banco para que esta última entidade possa permitir-nos realizar a dupla autenticação aquando da transferência imediata.

Quais as diferenças entre o SPIN e o MB Way?

Apesar de muitos verem nesta funcionalidade uma espécie de “MB Way 2.0”, a verdade é que as diferenças entre estes serviços são substanciais.

Apesar da sua aparente similitude com o MB Way, o Banco de Portugal faz questão de realçar que o SPIN apresenta diferenças bastante significativas para com esta forma de pagamento imediata, a começar, desde logo, pela sua maior segurança.

Ao contrário do que acontece com o MB Way, o SPIN não só identifica o beneficiário, como também é mais universal, já que inclui particulares e empresas.

Além disto, o SPIN permite ao seu utilizador iniciar transferências numa App bancária, Homebanking ou até no balcão do banco sem que, para tal, seja necessário associar um cartão, instalar uma app ou fazer uma qualquer adesão.

Por último, enquanto o MB Way tem um limite por transferência (750 euros) e um teto máximo mensal (2500 euros por mês), o SPIN é ilimitado, ou seja, podemos fazer uma transferência bancária imediata no valor que pretendermos sem limites de transferências por mês.